O que significa DevOps

A sigla DevOps é uma junção das palavras "Development" (desenvolvimento) e "Operations" (operações). Você já imaginou como as equipes de desenvolvimento e operações de software podem trabalhar juntas, em harmonia, para entregar produtos incríveis para os clientes? Essa é a proposta do DevOps, uma forma de integrar essas áreas e criar uma cultura de colaboração e melhoria contínua. Com o DevOps, as equipes se comunicam melhor, automatizam tarefas, medem o desempenho e compartilham feedbacks, visando a qualidade e a rapidez na entrega do software.

Em outras palavras, DevOps envolve a automação de processos, a adoção de práticas ágeis e a criação de uma cultura de colaboração entre as equipes envolvidas, visando acelerar o desenvolvimento, a implantação e a operação de sistemas de software de forma mais eficiente.

Essa abordagem tem sido há anos uma forte tendência no mercado, seguida por grandes empresas como Google, Netflix, Amazon e outras, que precisam lançar software com frequência e qualidade. Nesse sentido, DevOps representa atualmente uma forma de inovar e competir no cenário digital atual.

Entretanto, a proposta criada pelo DevOps inicialmente não tinha como foco a segurança das aplicações, gerando ao decorrer dos anos novos desafios em AppSec. Essa forma de pensar, acabou levando a um aumento na velocidade de entrega dos produtos, mas em detrimento da segurança. As críticas ao DevOps, nesse sentido, são que a agilidade e o foco na entrega rápida podem levar a uma negligência no que tange à segurança das aplicações. 

Desenvolvimento ágil e os riscos para segurança de aplicações

Como resultado, as práticas de segurança acabam sendo realizadas tardiamente no processo de desenvolvimento baseado no DevOps, gerando mais trabalho e consumindo mais recursos do projeto. A abordagem do DevSecOps busca corrigir essa questão, incorporando a segurança desde o início e enfatizando a automação como um meio efetivo de garantir a segurança das aplicações.

Ciclo de vida do DevOps

O DevOps tem um ciclo de vida que é composto por várias fases e etapas, cada uma com suas próprias atividades e ferramentas. As fases do DevOps são:

Desenvolvimento e entrega contínuos: O desenvolvimento de software começa com planejamento e codificação. No DevOps, isso é feito por meio do processo de entrega frequente visando a melhoria constante. Nessa fase, as equipes usam ferramentas de controle de versão, como o Git, para gerenciar o código-fonte e colaborar entre si.

Teste contínuo: é a etapa onde a aplicação é testada continuamente para garantir sua qualidade e funcionalidade. Nessa fase, as equipes usam ferramentas de teste automatizado, como o Selenium, para executar testes unitários, de integração, de desempenho e de segurança.

Monitoramento contínuo: é a fase onde o software é monitorado em tempo real para identificar problemas de desempenho, disponibilidade e segurança. Nessa fase, as equipes usam ferramentas de monitoramento, como o New Relic, para coletar dados e métricas do software e do ambiente.

Feedback contínuo: uma etapa que acontece durante todas as outras fases, assim o software recebe feedback dos usuários, clientes e partes interessadas para avaliar sua satisfação e necessidades. Para isso, as equipes usam ferramentas de feedback, como o Jira, para coletar e analisar os comentários e sugestões recebidos.

Integração contínua (CI): é quando o código é integrado em um repositório compartilhado, verificado por builds automatizados e testado para detectar erros. Nessa fase, as equipes usam ferramentas de CI/CD, como o Azure DevOps, para automatizar os fluxos de trabalho de integração e teste.

Implantação/Deployment contínuo (CD): o software é implantado em diferentes ambientes, como teste, homologação e produção, de forma automatizada e frequente. Nessa fase, as equipes usam ferramentas de implantação, como o Docker, para empacotar e distribuir o software em contêineres.

Operações contínuas: aqui a aplicação é mantida em funcionamento, com suporte às demandas dos usuários e clientes. Nessa fase, as equipes usam ferramentas de operação, como o Kubernetes, para gerenciar os recursos e serviços do software.

Essas fases formam um ciclo contínuo que visa melhorar constantemente o software e entregar valor aos usuários e clientes. Porém, vale observar a falta de ênfase na segurança em cada etapa. Na fase de desenvolvimento, por exemplo, a falta de atenção à segurança pode levar a vulnerabilidades de código que são introduzidas e propagadas para as próximas etapas do ciclo de vida. A ausência de um feedback contínuo relacionado à segurança também pode ser prejudicial. 

Portanto, é essencial reconhecer que a segurança não pode ser deixada de lado em nenhum estágio do ciclo de vida do DevOps. 

Os principais benefícios do DevOps

Os benefícios da combinação das práticas DevOps levam a um ciclo de desenvolvimento de software mais eficiente, com lançamentos mais frequentes, maior qualidade e maior valor entregue aos usuários finais:

Automação: é o uso de ferramentas que realizam tarefas sem depender da intervenção humana nos processos entre as equipes de desenvolvimento e operações. Assim, evita-se erros, retrabalhos e atrasos.

Entrega Contínua: é a prática de desenvolver software de forma ágil e eficiente, usando a automação para acelerar o lançamento de código. Nessa prática, as mudanças feitas por um desenvolvedor em uma aplicação são enviadas para um repositório de código ou um registro de aplicações em container, onde são validadas e testadas.

Infraestrutura como Código: é a tecnologia que permite definir e implantar a infraestrutura, como redes, máquinas virtuais, balanceadores de carga e topologias de conexão, por meio de código. Assim, a infraestrutura se torna mais flexível, padronizada e replicável.

Integração Contínua: é a prática usada pelas equipes de desenvolvimento para automatizar, mesclar e testar o código. Nessa prática, o código é integrado frequentemente em um repositório central, onde é verificado por testes automatizados. Assim, garante-se a qualidade e a funcionalidade do código.

Microsserviços: é a arquitetura que divide as aplicações em componentes menores e independentes que, mesmo separados, trabalham juntos para executar as tarefas. Assim, as aplicações se tornam mais modulares, escaláveis e fáceis de manter.

Monitoramento Contínuo: é a prática de ter visibilidade completa e em tempo real do desempenho e da saúde de toda a pilha de aplicações. Assim, é possível identificar e resolver problemas rapidamente, além de obter insights sobre o comportamento dos usuários.

Com essas práticas DevOps, as equipes podem trabalhar de forma mais colaborativa e integrada, aumentar a velocidade no desenvolvimento e nas entregas de software, tornar o ciclo de desenvolvimento mais confiável e menos propenso a erro humano, e escalar facilmente os ambientes quando necessário.

Embora a cultura DevOps traga muitos benefícios, é importante destacar que ela não garante automaticamente a segurança das aplicações desenvolvidas. 

Segurança em DevOps

DevOps é uma forma de desenvolver software mais rápido e melhor, mas ficou claro até aqui que também exige mais atenção à segurança. Dessa forma, inserir maior ênfase na segurança em DevOps - caminhando para o DevSecOps - pode trazer muitas vantagens! Mas para isso, é preciso enfrentar alguns desafios e mudar a forma de pensar sobre a segurança.

Um dos desafios é que as equipes de desenvolvimento e líderes do negócio querem entregar o software o mais rápido possível, e às vezes acham que a segurança atrapalha esse objetivo. Outro problema nesses casos é que nem todos os desenvolvedores e demais profissionais responsáveis pelo desenvolvimento do produto possuem conhecimento sobre como fazer software seguro.

Também há dificuldades técnicas para integrar a segurança em DevOps. É preciso mudar a forma de projetar o software, usar ferramentas novas e seguir processos diferentes. Essas mudanças podem ser complicadas e exigir conhecimentos específicos em segurança.

Além disso, há muitas ferramentas de segurança automatizadas para escolher, mas nem todas são adequadas para o ambiente DevOps. É preciso selecionar as ferramentas certas que se encaixem bem no ciclo de vida do software e que atendam às necessidades de segurança.

Para superar esses desafios, é preciso mudar a cultura em relação à segurança em DevOps. A segurança não pode ser vista como um problema ou uma responsabilidade de uma só equipe. Ela deve ser vista como uma oportunidade e uma responsabilidade de todos os profissionais envolvidos.

A mudança cultural envolve conscientizar, educar e colaborar entre desenvolvedores, equipes de segurança e outras partes interessadas. Todos devem entender os benefícios da segurança em DevOps e como aplicá-la em cada etapa do desenvolvimento do software. Assim, as organizações podem aproveitar o melhor do DevOps sem colocar em risco os sistemas e dados.

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Além disso, a plataforma se destaca por uma abordagem centrada na experiência do desenvolvedor, contribuindo para a transformação cultural em direção ao DevSecOps.

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